terça-feira, 30 de agosto de 2011

CITAÇÃO DE CALLIE KHOURI - ROTEIRISTA DE THELMA & LOUISE

"I think that this issue is one that doesn't really belong in the hand of government. It belongs in the hands of women and their physicians...I mean, to me, Thelma and Louise was not just a movie about two women on a crime spree, and it wasn't just a movie about liberation, it was a movie about a very tenuous relationship we have with a normal life. And I think that we are experiencing that right now. And I wanted to write an outlaw movie because our government is about to turn a lot of women into outlaws. And they are going to turn a lot of doctors into outlaws. And so the analogy is not that far off, because you know, you narrow people's options, you force people who are otherwise God-fearing, law abiding people to do things that in normal circumstances they wouldn't do."
—Callie Khouri
(Oscar-winning screenwriter of Thelma and Louise)

“Eu acho que esta questão é uma daquelas que realmente não pertence ao governo. Ela deve estar nas mãos das mulheres e de seus médicos... quero dizer, para mim, o filme Thelma e Louise não era apenas sobre duas mulheres em uma onda de crimes, e não era apenas um filme sobre libertação, era um filme sobre uma relação muito tênue com uma vida normal e eu acho que estamos vivenciando isso agora. E eu queria escrever um filme fora da lei, porque o nosso governo está prestes a transformar as nossas mulheres em um monte de bandidos. E elas vão transformar muitos médicos em bandidos. E, assim, a analogia não é tão distante, porque você sabe, você estreita as opções das pessoas, você força de outra forma as pessoas que são tementes a Deus, a lei forçando as pessoas a fazerem coisas que em circunstâncias normais não fariam”. (tradução de Lúcia Leiro com a ajuda do tradutor do google)


Quando o filme Thelma & Louise foi lançado, o presidente dos EUA era George H. W. Bush (o pai) que esteve na Casa Branca entre os anos de 1989 à 1993. O filme é de 1991. Vale lembrar que durante o governo de Bush, houve uma "guerra" contra os anticoncepcionais , assim como a divulgação da prática de abstinência sexual. Além disso, Bush também empreendeu uma cruzada a favor da virgindade.


domingo, 28 de agosto de 2011

DOUTORADO-TEXTO ELABORADO PARA O CURSO


Construção do conhecimento:
UM ESTUDO DISCURSIVO SOBRE GÊNERO, MULHER E CINEMA
Lúcia Leiro
UNEB

            A ideia de construção está relacionada à de formação, de artificialidade, de engenhosidade, mas, também, à de processo, e quando nos referimos ao conhecimento, se estiver ancorado do discurso da ciência, a sua construção é resultado das ações e escolhas feitas por um sujeito histórico, de um lugar discursivo, cujo olhar recorta o objeto de estudo que, com base em um arcabouço teórico-metodológico, interpretará por meio da linguagem as suas conclusões divulgadas para os seus pares. Estes, por sua vez, produzirão sentidos com base na articulação entre o que está sendo dito ou lido e no que a sua memória acionar no momento da leitura.  Deste modo, construir conhecimentos reflete dialeticamente subjetividades no processo de significação, daí esses lugares estarem em constantes disputas ideológicas. 
            Ao se falar em construção do conhecimento científico, torna-se inevitável pensar no lugar da formação discursiva acadêmica que reveste de autoridade o sujeito que enuncia e combina sentidos, alicerçados por um dispositivo teórico que engendra um discurso legítimo (ou legitimado) a ser chamado de conhecimento, recoberto ainda de um verniz de “verdade”.  Esta verdade seria irrefutável, até que outra a desafiasse, mas dentro dos mesmos referenciais aceitos pelos membros de um domínio discursivo. Um mito não gozaria do mesmo status e, por isso, não poderia servir de explicação da realidade, dir-nos-ia a ciência, por mais imaginativo que fosse o discurso científico, e por mais coerente que fosse o discurso mítico.
            Porém, o conhecimento, longe de ser o resultado de uma formulação de verdades absolutas, como a modernidade sustentava, ele se constitui como corpo discursivo cujo propósito consiste em questionar, mostrar, explicar e compartilhar respostas a um problema inicialmente proposto, sendo que este problema parte da delimitação de um objeto já ideologicamente instituído como texto significado (ou a ser significado) nas práticas sociais e discursivas. O conhecimento é assim gerado para sujeitos e nos sujeitos, na medida em que é no processo de leitura que significação é processada, que o conhecimento se forma, mas sem perder de vista que este “objeto” já está revestido de subjetividade, de valores, de ideias. O conhecimento é, por assim dizer, um constructo, uma invenção, que sustenta interesses, apontando para outro aspecto da construção do conhecimento: o poder.
            A concepção de uma construção interessada do conhecimento sinaliza para a complexidade dos procedimentos interpretativos do objeto (incluindo a própria ideia de objetificação), fazendo com que os analistas do discurso desloquem o olhar e passem a se interessar não apenas pelas formas de dominação, mas, sobretudo, pelas formas de resistência, de negociação, tendo o discurso como elemento imprescindível no processo de análise, já que constitutivo da interação entre os sujeitos. Em razão das relações de força, os sujeitos estão em constante disputa, o que os leva a manipularem a linguagem, inscrevendo e rasurando no processo de troca, de interação, de interpretação e de negociação, as suas posições. Estas disputas muitas vezes produzem ambiguidades que merecem atenção dos analistas do discurso porque expõem, deixam tocar na superfície a voz do outro.
            A ambiguidade, este espaço incômodo, representa o lugar das tensões ideológicas. Por exemplo, no século XIX a mulher burguesa passa a ter um status social que até então não tinha, só possível diante de uma nova realidade ideologicamente instituída (revolução burguesa) que legitimou os estudos (ciência) a serem desenvolvidos sobre o seu corpo biológico e social (objeto) para que se cumprisse o projeto burguês. No entanto, durante dois séculos as mulheres responderam a esse projeto de diferentes maneiras, mostrando diferentes interesses em jogo, ora ajustando-se (mas não sem tensão) ao sistema ora questionando-o.  
            Um dos elementos fundamentais neste processo de construção de conhecimento é a própria linguagem, enquanto meio pelo qual os sujeitos se expressam, materializam conceitos, impressões, visões de mundo, na busca de explicar, dar sentido, indagar, bem como inventar a realidade. O conhecimento, assim, torna-se uma experiência discursiva no plano conversacional, artístico, científico ou midiático, entre o sujeito e a realidade.
            Uma das formas de construir conhecimentos consiste em analisar os discursos materializados nas práticas sociais, incluindo a prática acadêmica. Interessar-se, assim, não apenas pelos princípios que norteiam a ciência e os procedimentos explicativos e metodológicos sobre um problema, mas também investigar como os problemas são mediados pelos textos que circulam na sociedade, audiovisuais e impressos, que estão em contato direto com os sujeitos (música, filme, programas de televisão, artigos de revista e jornal, sites, blogs). Significa dizer também que existe uma articulação entre o sujeito, o objeto e o tratamento a ser dado ao objeto com o dispositivo teórico-metodológico a ser usado. Em outras palavras: pouco adianta uma visão contestadora, arrojada, pioneira se a explicação for embasada em teorias e métodos inadequados. Sendo assim, interessar-se pela prática acadêmica quer dizer analisar, investigar, examinar minuciosamente as formulações dos problemas, as escolhas teóricas e temáticas, a metodologia de estudos, os pontos de vista, os argumentos, entre outros elementos importantes para se pensar metalinguisticamente a construção do conhecimento. Também inclui rever os discursos da ciência e seus postulados que lastrearam a sua legitimidade no ocidente com base na verdade absoluta, na racionalidade, na universalidade, na neutralidade, no logocentrismo, na disjunção entre sujeito e objeto, que deram base ao pensamento ocidental. Uma das críticas feitas à modernidade consiste em mostrar as limitações deste modelo paradigmático, revelando-o falaciosamente neutro e tendenciosamente androcêntrico, etnocêntrico, heteronormativo, classista, na medida em que, em nome da universalidade e da já referida neutralidade, silenciavam-se outras expressões, outras formas de construir conhecimentos, de explicar as experiências humanas.
            Já em relação às mediações, o interesse desloca-se para a linguagem como objeto no processo da construção do conhecimento. Consiste em apropriar-se da linguagem como meio de significação oral ou escrita, visual, audiovisual ou impressa (processo interpretativo) com as suas formas de dizer (discurso), bem como os lugares de produção desse conhecimento que nem sempre se dá nos espaços formais de aprendizagem, como a escola e a universidade, mas em outros domínios.
            No intuito de articular as ideias aqui explicitadas, é que proponho uma reflexão nesta disciplina sobre:

  • O lugar do sujeito-crítico como espaço político na construção do olhar sobre o conhecimento;
  • O cinema como lugar de discursos;
  • Os sujeitos que produzem os discursos (as mulheres);
  • Os temas e de que forma estão sendo tratados pelas mulheres;

sábado, 27 de agosto de 2011

ORIENTAÇÕES - DOUTORADO

Para a próxima quarta-feira, é importante que focalizem os principais aspectos conceituais com base nos textos de Ingedore Koch e de Norman Fairclough.Tentem articular com as sequências fílmicas que assistimos.
Conceitos como os de discurso, concepção tridimensional do discurso (texto, prática discursiva, prática social), intertextualidade, intertextualidade implícita e explícita, são fundamentais.

 
Façam destaques no texto para facilitar a exposição e o diálogo.

 
****

Sobre as sequências fílmicas


Lugar da produção: Da composição da sequência.

  1. Quem produziu?
  2. O material foi elaborado especificamente para a aula? Se não, qual o  propósito inicial?
  3. Qual a formação político-ideológica do autor do material/professor [explícita ou implícita]?
  4. Qual o perfil dos filmes?
  5. Que personagens participam das cenas?
  6. Qual a relação entre eles? Simétrica ou assimétrica? Como isso é mostrado nas cenas?
  7. Que ideologia atravessa as cenas? Quais as formações discursivas presentes na interação entre os sujeitos? Como os poderes são representados? Existem marcas de gênero em relação aos conflitos de gênero? Explicite.

Lugar do texto: Da composição textual

  1. Quem narra o texto?
  2. Qual o ponto de vista?
  3. Qual a constituição lexical dos diálogos, a entonação de voz, os modos verbais (Ex.: imperativo/comando), a relação entre o que se diz e o desempenho do ator com o ajuste de câmera, o que é dito no silêncio (interdito)?
Lugar da recepção: Da interpretação das sequências

  1. O que motivou os alunos a assistirem a sequência?
  2. Qual o conhecimento dos alunos sobre os filmes?
  3. Qual a cultura de cinema dos alunos?
  4. Como o grupo reagiu às cenas projetadas?
  5. Como os alunos responderam às sequências fílmicas? Quais as principais questões suscitadas? 

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

DOUTORADO - SEQUÊNCIA FÍLMICA

Retomando a discussão da aula de ontem, gostaria de destacar que nas 4 sequências fílmicas o discurso do homem-protetor/mulher-protegida é reforçado não apenas pelos perigos enfrentados por elas, reclamando a presença masculina, mas pelo fato também de não poderem sozinhas se protegerem. Na primeira sequência, do filme O Quarteto Fantástico, a mulher invisível (aliás um aspecto que já nos chama a atenção) não consegue armar o detonador e por esta razão tornou-se vulverável ao perigo (vejam que eles estão em um ambiente natural, verdejante, semelhante a uma floresta, por sinal um lugar-comum nas narrativas ocidentais quando se quer reforçar a relação mulher-perigo). O surfista prateado aparece no momento em que ela tenta se proteger através de um campo de força que não funciona, permitindo que o Outro (representado como homem e agressor) "invada" o seu espaço de proteção. A cena é violenta (causa medo) porque ele se inclina para a frente e em contraplongée (câmera em posição de baixo para cima), como se fosse a visão dela, o rosto dele transpõe a defesa da personagem. Depois de ameaçada, ela tenta sobreviver e estrategicamente se põe a conversar com o agressor que, sensível a sua candura e empatia, resolve defendê-la dos outros homens (cientista/empresário/mutante e militares). A ideia de proteção faz parte das relações de gênero (e de outras relações de poder) porque pauta-se na ideologia de dependência, no caso do filme, das mulheres em relação aos homens. Os papéis sociais são definidos na relação, mas para além da definição apenas dos papéis, é atribuído a um deles poder, aquele que teria força, conhecimento, acesso, ou algum dispositivo sobrenatural (como é o caso) que impedisse o outro de ser agredido, aquele que precisaria constantemente de proteção, neste caso a mulher. Então, podemos ainda inferir que a situação de perigo, de ameaça, de medo, é fundamental para o constructo de gênero, podendo ser representado como base no interesse do discurso hegemônico ou rasurando este discurso, caso a mulher, por exemplo, conseguisse sobreviver sem reivindicar a presença do homem.

Já na sequência 2, A Batalha de Riddick, embora a personagem-mulher inicie uma ação de autodefesa, logo este intuito é malogrado, porque ela não deveria sozinha se defender de 4 homens (coisa que Rambo faria tranquilamente), deixando para o herói, Riddick, a função de salvá-la dos bandidos. Neste caso, a representação do herói como o homem, já coloca a mulher em posição coadjuvante, pois cabe a ele a escolha equivocada (a desmedia), a peripécia (os percalços pela escolha equivocada) e o retorno do equilíbrio, elementos da poética clássica. Assim, a cena não poderia favorecer a autodefesa, o que significaria poder, cabendo ao heroi,  entidade dotada de méritos e qualidades, valores morais, a ação de resgate, reforçando o argumento anterior verificado na sequência 1. Na cena analisada, a personagem-mulher aparece com voz desafiadora, mas é logo neutralizada pelo homem:

"- Morte por caneca. Como eu não pensei nisso antes?"
"- Eu não vim aqui para brincar de quem mata melhor".

No enunciado dele, a neutralização do empoderamento da mulher se dá por meio do discurso da infantilização da mulher através da palavra brincar que é associado a fase infantil e que no contexto é usada de forma desqualificadora, com o propósito de bloquear a resistência dela, já que tenta se igualar a ele ao ironicamente refreir-se à forma dele a "defender". Novamente, o discurso da proteção aparece como forma de constituição dos gêneros, no binômio protetor/protegida, mote do discurso patriarcal. A "proteção" é considerada parte do discurso de regulação do corpo da mulher.

Na sequência 3, X-Men: o confronto final, a personagem-mulher, Fênix/Dra. Jean, representa poder, já que ela é a mutante mais poderosa (nível 5) e, além disso, tem dupla personalidade, o que precisa ser combatido em favor da interpretação estável, previsível e segura (para quem?). Talvez seja, das 3 sequências do filme (X-men 1, X-men 2 e X-Men-3), o que mais exige intervenção dos homens. Neste filme, a mulher não precisa de proteção, já que ela é a mais poderosa mutante, porém, em razão disso, ela precisa ser destruída. O segmento sugere que uma mulher autosuficiente não pode existir, principalmente porque ela representa a combinação do desejo masculino em um só corpo, mostrada ao mesmo tempo como virgem e femme fatale. É justamente o homem que a deseja, Wolverine (Hugh Jackman), que mata porque não consegue dominá-la, isto é, separando-a. Dentro de sua lógica (e do discurso hegemônico), escolhe a destruição altruísta, remotando, através do eixo-memória, a discursos históricos (intertexto/interdiscurso), sobretudo do século XIX, quando a mulher foi separada discursivamente em duas: "divas" e "lucíolas" (referindo-me aos romances de José de Alencar). Um livro muito elucidativo sobre essa representação, é "As mulheres que eles chamam de fatal" , de Mirelle Dottin-Orsini, da editora Rocco. A questão é: por que esta lógica precisa se manter e qualquer outra destruída? A quem interessa esse discurso? Vale destacar que Fênix controla o desejo de Wolverine ao desafiá-lo, ao submetê-lo, daí a preferência "dele" pela Dra. Jean, a quem ele poder controlar.

Na sequência 4, King Kong, o mesmo mote aparece para confirmar que as relações de gênero se estabelecem através do discurso do protetor/protegida, e para este intuito é necessário expor a mulher em situações de alto risco e de medo. A sequência mostrou exageradamente momentos de extremo risco, chegando mesmo a provocar o riso, dada a avalanche de situações encadeadas que colocava a personagem-mulher sob pressão constante, só aliviada quando King Kong aparece para resgatá-la. Do ponto de vista psicológico, é uma estratégia perversa porque condiciona a mulher a um estado permanente de perigo, de medo, de tensão, para em seguida aliviá-la, sendo que esta desopressão aparece em forma de homem, o mesmo que a oprime, a quem ela passa a lhe atribuir relevância e imprescindibilidade a sua existência.  

Quanto ao amor, mencionado na aula, ele é o que impede que a ideologia apareça, funciona como encobrimento, já que por ele justificam-se todas as atrocidades. O discurso amoroso é tão importante nas relações de poder que as narrativas ocidentais não abrem mão dele como forma de realização da mulher, de regulação da mente (Van Dijk).

Ficha técnica dos filmes:


O Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado (Alemanha/EUA)

título original:Fantastic Four: The Rise of the Silver Surfer
gênero:Aventura
duração:1 hr 32 min
ano de lançamento: 2007
estúdio: 20th Century Fox / 1492 Pictures / Dune Entertainment / Marvel Enterprises / Thinkfilm
distribuidora: 20th Century Fox Film Corporation
direção: Tim Story
roteiro: Mark Frost, baseado nos personagens criados por Jack Kirby, Stan Lee e Don Payne
produção: Avi Arad, Bernd Eichinger e Ralph Winter


A Batalha de Riddick (EUA)

título original:The Chronicles of Riddick
gênero:Ficção Científica
duração:1 hr 59 min
ano de lançamento: 2004
estúdio: Universal Pictures / Radar Pictures Inc. / One Race Productions / Primal Foe Productions LLC
distribuidora: Universal Pictures / UIP
direção: David Twohy
roteiro: David Twohy, baseado nos personagens criados por Jim Wheat e Ken Wheat
produção: Vin Diesel e Scott Kroopf

X-men: o confronto final (EUA)

título original:X-Men: The Last Stand
gênero:Aventura
duração:1 hr 43 min
ano de lançamento: 2006
estúdio: 20th Century Fox / Marvel Enterprises / Ingenious Film Partners / Donners' Company
distribuidora: 20th Century Fox Film Corporation
direção: Brett Ratner
roteiro: Zak Penn e Simon Kinberg
produção: Avi Arad, Lauren Schuler Donner e Ralph Winter


King Kong (EUA)

título original:King Kong
gênero:Aventura
duração:3 hr 7 min
ano de lançamento: 2005
estúdio: Universal Pictures / WingNut Films / Big Primate Pictures
distribuidora: Universal Pictures / UIP
direção: Peter Jackson
roteiro: Fran Walsh, Philippa Boyens e Peter Jackson, baseado em estória de Merian C. Cooper e Edgar Wallace
produção: Jan Blenkin, Carolynne Cunningham, Peter Jackson e Fran Walsh


Referências:

VAN DIJK, Teun. Discurso e Poder. São Paulo: Contexto, 2008.
DOTTIN-ORSINI, Mirelle. As mulheres que eles chamam de fatal. Rio de Janeiro: Rocco, 1996.

Animais no videoclipe de Beyoncée

O videoclipe de Beyoncée, Run the World (Girls), mostra alguns animais que simbolizam diferentes atitudes e qualidades da experiência humana. Ei-los:

Hiena – segredos selvagens, adaptabilidade, paciência, perseverança, força, entendendo o valor de cooperação, defesa de limites, comunicação em espaços escuros, cantando a sua canção da alma, entendendo o valor da comunidade. Também, constitui uma alegoria do conhecimen­to, do saber, da ciência.

Touro: fecundidade

Cavalo – poder, fibra, resistência, fidelidade, liberdade, viagem, adverte de possíveis perigos, guiando na superação de obstáculos, acelera o crescimento pessoal.

Leão – libertar-se das tensões, forte ligação com a família, força, coragem, energia, assertividade da feminilidade, poder feminino do sol.

Um cavalo preto ou escuro nos sonhos significa mistério, e desconhecido. Você pode estar se arriscando em algum campo desconhecido. Eles representam forças ocultas. Se o cavalo é branco, significa pureza, prosperidade e boa sorte.

DOUTORADO - CRONOGRAMA DE AULAS (ATUALIZADO)

Os capítulos do livro de Norman Fairclough a serem discutidos em sala são o 3 (teoria social do discurso)  e o 4 (intertextualidade).
 
Durante as próximas aulas, desenvolveremos os encontros com base na seguinte metodologia:
 
31/08
 
14h: Discussão dos textos de Ingedore e Fairclough(1h30min)
15h30min: Exibição do filme Thelma & Louise (2h10min)
17h30min: encerramento
 
14/09
 
14h: Discussão do filme Thelma & Louise com base nos conceitos da ADC
15h30min: Exibição do filme Sonhos Roubados (1h25min)
17h: debate sobre o filme
17h30min: encerramento
 
21/09 - conclusão do primeiro bloco da disciplina
 
14h: apresentação das resenhas críticas ( parte escrita da resenha pode ser entregue no dia 28/09 por e-mail). Cada um fará a apresentação em 10min. (fazer um breve resumo do filme, identificar, sobretudo, a ideologia presente no discurso fílmico e como os gêneros sociais (WODAK) são representados.
18h: encerramento
 
Qualquer dúvida, é só postar no comentário.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

THELMA & LOUISE, Ridley Scott/Callie Khouri - DOUTORADO

Com base nos conceitos de intertextualidade explícita e intertextualidade implícita, do livro de  Ingedore Villaça Koch, analise o filme Thelma & Louise. Articule a sua reflexão ao conceito de discurso, identificando os interesses que conflitam no filme e em que domínios (lugares) eles são produzidos.

As reflexões devem ser comentadas neste blog.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Festival Internacional de Cinema Infantil (FICI

Em 2011, o Festival Internacional de Cinema Infantil (FICI) levará mais de 100 filmes para as salas de cinema da Rede Cinemark em dez cidades brasileiras, reunindo inéditos e clássicos, curtas-metragens brasileiros e internacionais, séries de TV, mostras especiais, além de oficinas de cinema de animação e debates. Além disso, o festival conta este ano com uma novidade: a sessão Pequeno Cientista, que provoca discussões com um cientista de verdade e ensina sobre um tema através de um longa-metragem. As crianças assistem ao filme e depois participam de uma experiência supervisionada por especialistas. Esta sessão exibirá o filme ‘Oceanos’ (França, Suíca e Alemanha, 2009).

O FICI proporciona a chance de ver – ou rever – filmes que nem sempre tem a distribuição assegurada por aqui, como ‘O Menino que Queria ser Viking’ (Holanda, 2006), ‘O diário do Panda’ (Japão, 2008) e ‘Soul Boy – À Procura da Alma’ (Quênia, Alemanha, 2010).

Com meia-entrada para toda a família e oficinas gratuitas, o evento começa no Rio de Janeiro e Niterói (de 19 a 28 de agosto), segue para Brasília (26 de agosto a 4 de setembro), São Paulo e Campinas (2 a 11 de setembro), Salvador e Aracaju (30 de setembro a 9 de outubro), Recife (12 a 23 de outubro) e Belo Horizonte (21 a 30 de outubro).
http://www.festivaldecinemainfantil.com.br/2011/

domingo, 14 de agosto de 2011

DIRETORAS BRASILEIRAS

Lista de diretoras de longas - por ordem alfabética, de acordo com o site Mulheres do Cinema Brasileiro.

1 - Adélia Sampaio
2 -Alice de Andrade
3 - Ana Carolina
4 - Ana Maria Magalhães
5 - Anna Muylaert
6 - Betse de Paula
7 - Beth Formaggini
8 -
Bia Lessa
9 - Carla Camurati
10 - Carla Civelli
11 - Carla Gallo
12 -
Carmen Santos
13 - Clarisse Alvarenga
14 - Clarisse Campolina
15 -
Cleo de Verberena
16 - Conceição Senna
17 -
Cris D´amato
18 - Cristina Leal
19 - Cristiana Grumbach
20 - Daniela Thomas
21 -
Dilma Lóes
22 - Eliana Fonseca
23 - Eliane Caffé
24 - Elisa Tolomelli
25 -
Érika Bauer
26 - Elza Cataldo
27 - Fabrízia Pinto
28 - Flávia Moraes
29 -
Florinda Bolkan
30 - Gilda de Abreu
31 - Helena Ignez
32 - Helena Solberg
33 - Isa Albuquerque
34 - Isa Castro
35 -
Ítala Nandi
36 - Izabel Jaguaribe
37 - Julia Murat
38 - Jussara Queiróz
39 - Kátia Lund
40 - Lady Francisco
41 -
Laís Bodanzky
42 - Leila Hipólito
43 - Lenita Perroy
44 - Lina Chamie
45 -
Lucélia Santos
46 - Lúcia Murat
47 - Luna Alkalay
48 - Maíra Bühler
49 -
Malu di Martino
50 - Mara Basaglia
51 -
Mara Mourão
52 - Maria Augusta Ramos
53-
Maria do Rosário Nascimento e Silva
54 - Maria Letícia
55 - Marília Rocha
56 -
Marina Person
57 - Marlene França
58 - Mirella Martinelli
59 - Mônica Schmiedt
60 -
Monique Gardenberg
61 - Norma Bengell
62 - Paula Gaitán
63 - Raquel Gerber
64 -
Rosane Svartman
65 - Rosângela Maldonado
66 - Rosanna Foglia
67 - Rose Lacreta
68 -
Sandra Kogut
69 - Sandra Werneck
70 - Silvana Soares
71 - Susana de Moraes
72 -
Suzana Amaral
73 - Tânia Lamarca
74 - Tânia Quaresma
75 -
Tata Amaral
76 - Teresa Trautman
77 - Tetê Moraes
78 - Thereza Jessouroun
79 -
Tizuka Yamasaki
80 - Vanja Orico
81 - Vera Figueiredo
82 - Zackia
83 - Zélia Costa

Fonte: http://www.mulheresdocinemabrasileiro.com/BommMulheresnaDirecao.htm

sábado, 13 de agosto de 2011

SUGESTÃO DE FILMES - TECCEX


FILME
DIREÇÃO
ROTEIRO
28 Dias
Betty Thomas
Susannah Grant
Alguém tem que ceder
Nancy Meyers
Nancy Meyers
Crossroad: amigas para sempre
Tamra Davis
Shonda Rhimes
Doces encontros
Mary Stuart Masterson
Jayce Bartok
Encantadora de Baleias
Niki Caro
Niki Caro, baseado em livro de Witi Ihimaera
Quando ela não está
A Excêntrica Família de Antônia
Marleen Gorris
Marleen Gorris
Flor do deserto
Sherry Horman
Sherry Horman, baseado em livro de Waris Dirie
A Garota Morta
Karen Moncrieff
Karen Moncrieff
Kit, Uma Garota Especial
Patrúcia Rozema

Mamma Mia
Philida Lloyd
Minha Vida Sem Mim
Isabel Coixet
Isabel Coixet, baseado em livro de Nancy Kincaid

Carlota Joaquina
Carla Camurati
Carla Camurati
Pequena órfã
Lina Wertmüller

O Piano
Jane Campion
Jane Campion
Quatro Amigas e um Jeans Viajante
Sanaa Hamri
Elizabeth Chandler
Segredos do Coração
Cristina Comencini
Giulia Calenda, Cristina Comencini, Francesca Marciano
Simplesmente Complicado
Nancy Meyers
Nancy Meyers
Aos Treze
Catherine Hardwick
Catherine Hardwicke e Nikki Reed
A mesma Lua
direção: Patricia Riggen
Ligiah Villalobos
Sobrevivendo com Lobos
Vera Belmont
Véra Belmont
Terra Fria
Niki Caro
Michael Seitzman, baseado em livro de Clara Bingham e Laura Leedy
Wanda
Barbara Loden

Desejo Proibido
Jane Anderson, Martha Coolidge, Anne Heche
Jane Anderson, Anne Heche, Alex Sichel e Sylvia Sichel
Educação
Lone Scherfig
Nick Homby  (screenplay), Lynn Barber (memoir)
Garotas Formosas
Nnegest Likkéé
Nnegest Likké
Sangue e Chocolate
Kadja Von Garnier
Ehren Krugen e Christopher Landon Baseado no livro de Anette Curtis Klause
Uma Canção de Amor
Karin Albou
Karin Albou

Os filmes brasileiros poderão ser analisados, mas conheço poucos dirigidos e roteirizados por mulheres que possam contribuir para o debate que construímos no curso. Caso consigam, ótimo! Temos grandes diretoras como Tata Amaral, Sandra Werneck, Ana Carolina, Lúcia Murat, Carla Camurati, Norma Bengel, Laís Bodansky, entre outras.